Seguindo os ensinamentos da Mestra Leila Navarro.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Aprenda a dar o melhor de si.


Leila Navarro

Motivação

Aprenda para dar o melhor de si

Diante de poucos empregos e da grande concorrência no mercado, é cada vez mais necessário dar o melhor de si, não só para se manter em seu emprego, mas principalmente para alçar novos vôos e destacar-se.

Então, que tal parar para pensar e analisar o que você pode fazer para dar o melhor de si ou o que pode fazer para ir além do que você já faz? Todas as habilidades e competências que você tem podem melhorar sempre, mas para isso você terá de avaliá-las periodicamente.

Primeiro liste quais são as suas habilidades. A nossa valorização interna é diferente da valorização que os outros fazem de nós, portanto, compare como você se vê com a maneira com a qual as pessoas que te conhecem bem vêem você. Peça para elas listarem as suas habilidades também. Atente que os profissionais mais eficientes são os que têm um bom autoconhecimento e, conseqüentemente, um equilíbrio entre a percepção que têm de si mesmos e as percepções que os outros fazem de si.

Em segundo lugar, procure centralizar suas ações e esforços nas principais habilidades que você encontrou em ambas as listas e que são fundamentais para o desenvolvimento do seu trabalho. Analise para descobrir quais delas precisam passar por um processo de melhora e o que você pode fazer para que isso aconteça.

Você conseguirá assimilar os novos conhecimentos decorrentes das suas ações, a respeito das suas habilidades, se torná-los realidade. A experiência faz parte da aprendizagem, portanto, anote as melhoras que você for obtendo em cada uma das habilidades que você eleger para aprimorar.

O seu papel é de se auto-ajudar para ter outro ponto de vista diante das situações profissionais, questionando-se e encontrando as respostas dentro de você mesmo para tomar as suas próprias decisões e planejar suas ações.

Dica:

Assim como as empresas fazem seus Planos de Negócios para orientar as ações necessárias para o desenvolvimento, que tal você fazer o mesmo? Já pensou em fazer um “Plano de Melhora” para orientar as ações necessárias para a sua performance e carreira? Encare a sua carreira como um negócio, como o seu maior empreendimento.

Vale aqui colocar que você não pode deixar de fora do seu “plano de melhora” as reações que você tem de forma espontânea e automática nas situações cotidianas e que não envolvem o seu trabalho.

Às vezes estamos tão absortos na nossa rotina e deveres profissionais que deixamos isso fora do trabalho. Eu acredito que isso seja um erro, até porque é a sua espontaneidade, originalidade que o faz ter um diferencial competitivo no ambiente profissional. Alie sua espontaneidade com suas habilidades, dentro do seu “plano de melhora” para encontrar a sua excelência profissional e enfraquecer, ou quem sabe neutralizar, as suas debilidades.

Por Leila Navarro, palestrante.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cansei ,não:decidi AGIR.


Cansei, não: decidi agir


Depois de passar algumas semanas fora do país, retornei ao Brasil e fiquei sabendo que havia por aqui um movimento chamado “Cansei”. “Cansei da impunidade”, dizia a propaganda de televisão. “Cansei do caos nos aeroportos”, dizia o anúncio de jornal. Aqui e ali eu também via pessoas que pegavam a onda do “cansei” e se queixavam de situações da vida pessoal: “cansei do meu trabalho” ou “cansei dessa falta de dinheiro”.

O tempo passou e a impressão que tenho é que as pessoas cansaram do “cansei”. Não pretendo aqui discutir o mérito do movimento, quem apoiou e quem deixou de apoiar, nem desejo criar caso com os idealizadores da campanha, que merecem meu maior respeito.

O que me chama atenção é a palavra usada para expressar o descontentamento com uma situação, seja ela da vida pública ou privada: “cansei”. O quanto poderia ir longe um movimento de pessoas que se dizem cansadas? Eis a questão.

Para demonstrar indignação, paciência esgotada ou inconformismo com alguma coisa em minha vida, sinceramente, eu não diria que cansei. No meu entender, dizer-se cansado é entregar os pontos, jogar a toalha no ringue, reconhecer-se impotente para mudar algo que incomoda. “Cansei” tem mais a ver com desistir do que com lutar. Traduz resignação, não atitude.

E como parece que tem gente cansada neste mundo! O que mais vemos são pessoas que reclamam das adversidades da vida e desistem de seus objetivos ao encontrar obstáculos que consideram incapazes de superar.

Talvez por isso, na área do desenvolvimento humano, venha sendo tão enaltecida ultimamente a resiliência, a capacidade de atravessar crises e dificuldades sem se entregar, sem abrir mão daquilo que se deseja, sem se desestruturar.

Estudiosos do comportamento humano têm investigado por que certas pessoas (a minoria) têm essa capacidade, enquanto outras (a maioria) não têm.

Estudam a psique e o modo de vida de gente “dura na queda”, que, por exemplo, vai à falência nos negócios, mas dá a volta por cima e logo já está abrindo outra empresa; perde tudo em guerras ou catástrofes naturais, às vezes até a família, e recomeça a vida; sofre acidentes ou doenças gravíssimas e, contrariando todos os prognósticos médicos, consegue recuperar-se.

O mais recente exemplo de que tive notícia é o da carioca Kristie Hanburry, de 38 anos. Quando tinha apenas 17 anos e iniciava uma promissora carreira de modelo, ela tropeçou enquanto corria e bateu violentamente a testa em um portão de ferro. Teve edema cerebral, fraturou a 3ª. e 5ª. vértebras e ficou tetraplégica. Qualquer pessoa se sentiria brutalmente injustiçada e impotente nessa situação, mas Kristie não admitia a possibilidade de passar o resto da vida em uma cama.

Com um intenso tratamento de fisioterapia, foi recuperando os movimentos dos membros aos poucos e voltou a andar dois anos e meio depois do acidente . Atualmente é jogadora de pólo e fundadora da primeira equipe feminina dessa modalidade no Brasil.

Os estudiosos tentam entender o que torna as pessoas resilientes: se é um fator genético, o ambiente familiar e social, o perfil psicológico ou o sistema de crenças do indivíduo, por exemplo.

A impressão que dá é que essa capacidade de atravessar graves crises e reorganizar a vida é considerada um traço incomum, um “plus” que alguns possuem. Mas eu me pergunto: será que não se trata de um potencial que o ser humano de fato tem, mas nem todos usam? Penso que pode ser isso.

Se observarmos a Natureza, veremos que todos os seres vivos, desde os mais elementares, têm a capacidade de se adaptar a mudanças, sobreviver a crises e se reorganizar.

Vírus e bactérias mutam para resistir a ambientes hostis. Plantas brotam depois de ter os galhos cortados. Animais migram quando as condições do habitat dificultam sua sobrevivência.

Enquanto ser biológico, o homem não destoa da Natureza: seu organismo reconstitui tecidos, seu cérebro recupera as funções executadas por uma área que foi lesionada, seus demais sentidos se aguçam para compensar a perda da visão...

Enquanto ser racional, porém, o homem reclama! Ele tenta de todas as maneiras controlar o ambiente ao seu redor, tornar a vida segura e confortável, fazer do futuro algo previsível. Então, quando as coisas não acontecem do jeito que espera, quando se depara com obstáculos para atingir seus objetivos, enfrentar problemas ou situações desestabilizadoras, é um drama! Ele encara essas circunstâncias como ameaças à sua estabilidade e vontade e protesta, e esperneia, e reclama...

Só que isso não produz nada, a não ser desperdício de energia. O homem por fim se cansa, se resigna com a situação e “deixa prá lá”. E tudo continua como está.

Como seres racionais, na verdade, o que deveríamos fazer ante a adversidade ou a crise é nos perguntar: “Por que estou passando por isso? O que essa situação pode me ensinar?” Porque enquanto os outros seres vivos sobrevivem e evoluem por sua própria natureza, devemos fazê-lo por vontade e consciência.

Não gostamos de adversidades, problemas e crises porque eles desestabilizam nossa vida, interrompem nosso curso e trazem desconforto e dor. E se há alguma coisa que tentamos a todo custo evitar é a dor! É para não torná-la mais intensa que muitas vezes evitamos de ir fundo nas causas dos nossos problemas ou atravessar nossas crises.

Tentamos nos convencer de que “isso não tem jeito mesmo” e entregamos os pontos. A dor continua lá, incomodando, mas vamos tentando conviver com ela, nos distraindo com outras coisas para ver se quem sabe ela passa...

Mas será que passa? Em nosso íntimo, sabemos que não. O problema que resistimos a resolver se agrava, a crise que tentamos ignorar se aprofunda... Chega um momento em que a situação fica insuportável e somos obrigados a tomar uma atitude. Por isso, em vez de dizer que cansei, prefiro partir logo para o “decidi agir”. Quanto mais cedo tomarmos uma atitude com relação ao que nos prejudica ou incomoda, melhor.

Se você está cansado de uma situação incômoda de sua vida, olhe para ela. Que sentimentos ela



provoca em você? Que prejuízo está lhe trazendo? Que aprendizado ela pode lhe proporcionar? Que atitude você deve tomar para acabar com isso logo? Coragem, sacoda esse cansaço. Decida agir.

Por Leila Navarro, palestrante.

domingo, 3 de julho de 2011


Leila Navarro

Autoajuda

Lidando com pessoas difíceis


No ambiente de trabalho, é muito comum termos dificuldades de relacionamento com algumas pessoas. Pode ser um chefe arrogante e autoritário, que trata a todos como se fosse o dono da verdade.

Um cliente grosseiro, que fala conosco como se estivesse fazendo um grande favor. Pode ser um colega com quem divergimos o tempo todo e nem precisa abrir a boca para nos tirar do sério.

Ou o gerente de outro departamento, que não está nem aí para a urgência de nossos projetos e demora séculos para assinar uma folhinha de papel. Se pelo menos fosse possível evitar o contato com “aquela” pessoa... O problema é que temos de nos relacionar com ela, trabalhar com ela, vender para ela. Como fazer, então?

Não é fácil lidar com pessoas que colidem conosco, são mal-educadas, negativas, cabeça-dura ou antipáticas, mas é possível, e a primeira coisa a fazer é não entrar na sintonia delas. Procure pensar assim: se a pessoa é arrogante, pessimista, provocadora ou seja lá o que for, o problema é dela. Você não tem nada a ver com isso!

Cada um é como é, fazer o quê! Assim, durante a conversa, mantenha a consciência de quem você é, o que quer e o que não quer. Sinta seus pés no chão, mantenha atenção à respiração e converse com calma. Pense antes de falar, evitando disparar reações automáticas, mantenha o controle emocional e o discernimento. Tente e não se deixar “contaminar” pelo astral do outro e a conversa pode fluir muito melhor!

Caso você não consiga manter o equilíbrio e acabe ficando alterado, com vontade de esganar o sujeito, relaxe com a terapia da risada: ela é ótima para amenizar situações de tensão e raiva.

Quando você estiver sozinho, faça o exercício de rir de boca fechada, deixando o som da risada ecoar por todo o corpo. Rir por dentro pode parecer coisa de maluco, mas tem lá sua lógica, pois as vibrações do riso têm a propriedade de combater as tensões. A propósito, o riso de boca aberta tem o mesmo efeito.

Pode ser que, nos encontros seguintes, você tente não entrar na sintonia da pessoa difícil, mas não consegue evitar de bater de frente com ela. Então fica nervoso de novo e tem de relaxar mais uma vez . Poder ser que a situação se repita várias vezes, mas uma coisa é certa: no decorrer do tempo, algo pode mudar.

Se você verdadeiramente persistir na idéia de manter o equilíbrio, sem perder de vista o que realmente quer e o que não quer, perceberá que a outra pessoa o afeta cada vez menos.

Na verdade, o relacionamento com pessoas que parecem atrapalhar nossa vida nos traz uma grande oportunidade de auto-aperfeiçoamento, pois o que nos incomoda nos outros é justamente o que não apreciamos em nós. Dizendo a mesma coisa de outro jeito: os defeitos que vemos no outro são os mesmos que nós temos. Compreende? Suponhamos que você tenha dificuldades para se relacionar com uma pessoa extremamente competitiva, que deseja mostrar que é a melhor em tudo o que faz.

No fundo, no fundo, você fica incomodado porque também é competitivo e não quer se sentir inferior a ninguém. Faz sentido, não faz? Se não fosse competitivo, não daria a menor bola para a mania de "aparecer" dos outros. Simplesmente trataria com eles da melhor forma possível e depois diria a si mesmo: “Eu, hein??”

A dura verdade é que os outros nada mais fazem do que refletir o nosso próprio interior, apontando os aspectos da personalidade que precisamos trabalhar. Quer saber de uma coisa? Deveríamos mesmo é agradecer às “pessoas difíceis” de nossa vida, pois, mesmo sem querer, elas estão nos ajudando a crescer.

Por Leila Navarro, palestrante.